Em ritmo de Copa do Mundo, além dos jogos, a segurança também é importante. Estádios de futebol têm capacidade para milhares de espectadores, além dos jogadores e pessoas por trás da organização das partidas, então preservar vidas é o principal objetivo quando o assunto é combate a incêndio.
A estrutura dos estádios atuais se baseia em sustentabilidade e segurança, principalmente. Construídos em concreto, suas entradas e saídas devem ser largas – com portas corta-fogo ou de material resistente às chamas – o suficiente para dar vazão à quantidade de pessoas que suportam em casos de emergência. O transporte dos visitantes ao lado externo do estádio tem de ser rápido e não se restringir a apenas uma opção, pois quanto mais portões para alimentar o ingresso da população, mais há por onde evacuar o local.
É importante, também, analisar os possíveis focos de incêndio. Em arquibancadas, geralmente, as cadeiras são de plástico, material altamente inflamável, e existem em grandes quantidades. Incêndios nessas regiões se classificam como classe A, devido ao material em combustão e a presença de resíduos. Extintores de incêndio de água, os mais indicados para o caso, conseguem sanar o problema, desde que este não seja de grande magnitude. Para casos em grande escala, é necessário um reservatório de água próprio do estádio para ação rápida dos bombeiros.
Quanto aos corredores, sprinklers conseguem suprir a necessidade facilmente. Utilizando um reservatório de água, essas ferramentas, que são chuveiros automáticos, são acionadas através do calor e podem entrar em funcionamento em até menos de um minuto. Sua capacidade em volume de água é superior a de diversos extintores, e seu alcance pode chegar a três metros de diâmetro, conseguindo varrer uma área grande e disparar água o suficiente para dominar o fogo com rapidez e sem maiores danos.
Em ocorrências devido a curtos-circuitos, fica vedado o uso de água por ocasião da corrente elétrica presente. Esses casos se enquadram em incêndios de classe C, em que há a presença de energia reativa elétrica, reativa à água. Recomenda-se o uso de extintores especiais de Pó Químico Seco ou de Gás Carbônico, que criam uma espécie de camada gasosa sobre o fogo e impede a passagem de oxigênio. Segundo a teoria do Triângulo do Fogo, sem oxigênio, comburente da reação química, a combustão perde um dos seus pilares e se encerra. Essa é uma das três principais técnicas de combate a incêndios, chamada Abafamento, e é a recomendada em ocasiões de fogo em correntes elétricas.